Crédito da imagem: Jenni Gaestgivar/Iltalehti |
Um dos grandes problemas da atual sociedade é a superpopulação conciliada com a falta de espaço nos grandes centros urbanos. Isso somado a poluição e o consumo de energia não-renovável, vem exigindo cada vez mais esforços e urgência para suas soluções.
Pensando nesses problemas, o arquiteto finlandês Marco Cassagrande criou para Helsinki Design Week o projeto Tikku (Bastão, vara ou vareta em finlandês), o primeiro protótipo é uma casa de três andares com dimensões que cabem em uma vaga de estacionamento.
Na visão do arquiteto, as cidades são erroneamente projetadas para carros e não para as pessoas, porém hoje em dia sabemos que a redução dos automóveis é necessária por questões ambientais e de mobilidade.
Crédito da imagem: Jenni Gaestgivar/Iltalehti |
O projeto incentiva o uso de pequenos espaços para a construção de micro casas confortáveis, pois em um lugar usado para estacionar um carro, uma habitação pode ser erguida,. Isso se aplica a qualquer espaço inutilizado nas cidades, justamente por serem pequenos e não terem suporte para as habituais construções.
O lugar escolhido para a construção do primeiro protótipo do micro apartamento foi na própria terra do Casagrande, no centro de Helsinki, na Finlândia, que assim como a maioria dos centros urbanos não possui habitação o suficiente para todos. Tikku mede 2,5m x 5m e é construída com Madeira Laminada Cruzada (CLT) que é 5 vezes mais leve que o concreto. Também não é preciso escavar o solo para construção de bases, em vez disso a micro casa possui uma caixa de areia no fundo para o equilíbrio. O Tikku é tão leve que pode ser construído em estacionamentos ou no topo de prédios.
Crédito da imagem: Jenni Gaestgivar/Iltalehti |
Crédito da imagem: Jenni Gaestgivar/Iltalehti |
O CLT é flexível, funcionando melhor que o concreto em casos de terremotos. Esse tipo de madeira também protege muito bem contra o frio não necessitando de isolamento adicional. Tikku possuí painéis solares que torna o micro apartamento auto-sustentável com energia limpa e o banheiro é seco e ecológico, pois economiza água e produz compostagem.
No térreo do Tikku há uma sala-escritório, no primeiro andar, um quarto e no segundo e último andar, há um local de lazer com um jardim, não possuindo área de banho e nem cozinha por ter sido projetado para pessoas que venham morar nos grandes centros urbanos à trabalho ou por motivos semelhantes. Sendo assim, a casa seria vizinha de numerosos restaurantes, lavanderias e academias, ou até mesmo construída em cima de um desses lugares, suprindo assim com facilidade a necessidade de água encanada e comida
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Sala do escritótio Crédito da imagem: Jenni Gaestgivar/Iltalehti |
Quarto do Tikku com sofá-camas Crédito da imagem: Jenni Gaestgivar/Iltalehti |
Terraço com o jardim no topo do Tikku Crédito da imagem: Jenni Gaestgivar/Iltalehti |
Escada interna. Créditos da imagem: Jenni Gaestgivar/Iltalehti |
Porém, a Casagrande Laboratory está desenvolvendo protótipos Tikku que poderão ter água encanada e também abre possibilidades para as mais variadas combinações de cômodos se adequando melhor a necessidade e ao local. Os Tikkus também são projetados para se conectar um ao outro podendo variar livremente de tamanho.
Outro ponto positivo do Tikku é o tempo de construção incrivelmente rápido, ao contrário das casas de alvenaria, essa micro casa pode ser montada em uma noite ou numa parte do dia como podemos ver nesse vídeo da montagem do primeiro protótipo:
Outro ponto positivo do Tikku é o tempo de construção incrivelmente rápido, ao contrário das casas de alvenaria, essa micro casa pode ser montada em uma noite ou numa parte do dia como podemos ver nesse vídeo da montagem do primeiro protótipo:
Marco Casagrande, diretor do projeto. Crédito da imagem: Jenni Gaestgivar/Iltalehti |
E não termina por aí, outro desafio dos arquitetos é o custo dessas casas que tem que ser acessível, o primeiro Tikku custou em torno de 40 mil dólares, o preço de um carro médio, sendo assim Marco Casagrande determinou que os próximos protótipos terão que ter esse mesmo custo para cada três cômodos.
Tikku parece ser um projeto para longo prazo, porém cada vez mais a necessidade de urbanização com sustentabilidade é urgente e ainda pior é a situação dos que não possuem moradia. A qualquer momento poderemos ver os Tikkus nos estacionamentos dos mercados ou numa antiga vaga de carro. De qualquer forma se vem pra ajudar então que venha o mais rápido possível.
E você leitor, moraria num Tikku?
Fontes: Casagrande Laboratory - Fast Company
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